Théah

História
Esta é Théah em 1668 AV (Anno Veritatis)! Este livro fornece todas as informações de que você precisa para contar histórias de capa, espada, feitiçaria, intriga, romance e aventura! Prepare-se para entrar num mundo de pirataria, diplomacia, arqueologia e exploração. É um mundo de mosqueteiros, bucaneiros e corsários, de bruxaria antiga e civilizações perdidas, segredos que se ocultam nas sombras e monstros que se escondem à vista de todos. É muita coisa para digerir e, por isso, vamos dar um passo de cada vez. Théah é o continente onde toda a ação de 7° Mar se desenrola, um continente muito semelhante à Europa do século XVII. É dominada por uma série de nações-estados que, cultural e historicamente, lembram determinadas nações europeias da nossa Terra. Ela não é a irmã gêmea da Europa, mas não resta dúvida de que é uma prima distante, e isso deve tornar Théah mais familiar e facilitar a compreensão de sua história e cultura. Existem, porém, algumas diferenças importantes.

Feitiçaria

A feitiçaria é uma força muito real em Théah. É poderosa e arriscada, e cada variedade de magia exige um tipo específico de sacrifício. Trata-se de uma disciplina que nem todos conseguem ou devem tentar dominar, mas, quando seu poder é utilizado por quem sabe bem como empregá-lo, a feitiçaria é capaz de mudar o destino de nações.

A Igreja dos Vaticínios

A principal religião de Théah — a Igreja dos Profetas ou Igreja dos Vaticínios — apresenta muitos elementos semelhantes aos do catolicismo europeu, mas também algumas diferenças filosóficas cruciais. A Igreja adota a ciência e estimula a disseminação do conhecimento por meio de escolas e universidades. Graças ao empenho da religião, os teanos fizeram vários avanços científicos que só ocorreriam em nossa Terra séculos depois. Infelizmente, a Igreja também tem um lado mais tenebroso. Théah acabou de sair da “Guerra da Cruz”, um conflito de trinta anos entre os vaticinistas tradicionais e um movimento reformador conhecido como objecionismo. Pior ainda, uma Inquisição sinistra acabou de tomar o poder no seio da Igreja, ameaçando transformá-la num instrumento a serviço do terror.


Mapas

Nações
Théah é formada por várias nações, e cada uma delas tem caráter e personalidade próprios. O conceito de “nação” é uma novidade que só surgiu em Théah no último século. A identidade nacional também começou a se disseminar entre as pessoas, fazendo da cultura mais que uma mera expressão dos gostos particulares de um monarca. As atuais nações de Théah representam todo o mundo civilizado... do ponto de vista dos teanos. Uma descrição mais pormenorizada de cada uma delas se encontra no capítulo “Théah”.
  • Avalon: Verdejantes e encantados, estes três reinos unidos ascenderam recentemente à linha de frente da política teana.
  • Castilha: Sede da Igreja dos Vaticínios, essa Nação fértil resistiu recentemente a uma invasão. Montaigne, a Nação vizinha a oeste, queria tomar suas terras aráveis e minas fartas.
  • Comunidade Sarmática: Duas nações unidas por uma única coroa, a Comunidade é uma monarquia democrática onde todas as pessoas
  • Eisen: Uma terra orgulhosa que se recupera de uma guerra de trinta anos. Eisen é uma Nação de veteranos que também abriga horrores desencadeados por três décadas de assassínio em massa.
  • Inismore: A Ilha Esmeralda é a irmã caçula, rebelde e travessa de Avalon, liderada por um rei que talvez seja imortal, mas certamente é louco de pedra.
  • Montaigne: Uma das nações mais poderosas de Théah, a vanguarda da arte e da cultura mundial, mesmo neste momento em que o imperador oprime seu povo.
  • Terras Altas: Ao norte de Avalon vivem homens e mulheres fortalecidos pela aspereza da terra. O maior desejo dos altiterrenses é a liberdade a qualquer custo.
  • Ussura: Uma Nação dividida entre dois soberanos ambiciosos que farão de tudo para modernizar o país à força, não importa o custo.
  • Vestenmennavenjar: Uma Nação de saqueadores e chefes guerreiros que dominou a economia mundial ao transformar espadas e lanças em moedas.
  • Vodacce: O antigo berço da civilização, hoje dividido entre sete príncipes mercantes e suas manobras complexas, que abarcam todos os cantos do mundo.
  • Cada uma dessas nações está desenvolvendo uma identidade nacional: uma ideia de país que vai além das preferências da nobreza ou dos monarcas. As pessoas comuns hoje se veem como aisenianas ou montenhas e estão dispostas a lutar por aquilo que entendem como sua herança cultural e segurança nacional.


    Sociedades Secretas

    As nações não são as únicas potências que decidem os rumos de Théah. Existem muitas organizações de natureza mais clandestina — desvinculadas de nacionalidade ou religião — por trás da política teana, e algumas delas passam despercebidas até mesmo pelos estudiosos e estadistas mais observadores. Mais informações a respeito desses grupos podem ser encontradas no capítulo “Théah”


    Diversidade em Théah

    A maior diferença entre os teanos e os europeus é a diversidade. A Igreja dos Vaticínios ensina que todos os homens e mulheres são iguais aos olhos do Criador, não importando onde tenham nascido nem que aparência tenham. Em virtude dessa diferença, a migração intercultural vem ocorrendo em Théah com muito mais regularidade que na Europa. E isso implica que, ali, muito mais gente nasce em um país e vive em outro. As nações ainda conservam sua identidade — as pessoas de Inismore costumam ter pele clara, olhos azuis e cabelos ruivos —, mas há exceções em toda parte. O mais importante é que os teanos não as veem como exceções. Você nasceu e foi criado em Inismore? Então é inismorita. Nasceu e cresceu em Ussura? Então é ussurana. Théah está longe de ser um cadinho cultural, mas gerações e gerações de pessoas descendentes de povos de terras distantes viveram e ainda vivem em seus países. É possível encontrar todos os tons de pele em todas as nações.


    Além de Théah

    Existem outros mundos além do continente de Théah. Lugares cheios de prodígios, mistérios e magia. Temos Ifri, o continente logo ao sul de Théah, também conhecido como as “Terras de Ouro e Fogo”. No oeste longínquo fica o continente conhecido como o “Novo Mundo”, uma terra na qual os deuses antigos caminham pela terra. Logo ao norte do Novo Mundo ficam as várias colônias fundadas pelos teanos. E no leste... temos o Império do Crescente. Esses continentes não são descritos neste volume, mas serão abordados em futuros livros de referência.